Dia comum

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Nada como um dia comum.
Acordar cedo, fazer o desjejum e sair para mais um dia de trabalho.
Confesso que foi difícil me desvencilhar dos lençóis. O frio está apontando e a preguiça o acompanha.

O que fazer quando queremos mais do que um dia comum??? Ou melhor, o que faz transformar um dia comum em incomum?

"A maioria dos dias é assim. Não tem importância. São poucos os que têm importância. E assim está muito bem. Se tudo fosse transcedental, convulsivo, tremendo, ficaríamos loucos. O peso da intensidade nos esmagaria." Pedro Juan Gutiérrez.


Será mesmo???

A Prostituta recatada e a Beata safadinha!

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Caro leitor, desculpe a linguagem.

Mas conversando com um amigo, não me lembro sobre o que exatamente, chegamos a seguinte interrogação? Prostituta recatada X beata safadinha???? Essa é uma daquelas indagações do tipo: Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais???? (risos)

Não pude escrever logo que iniciamos o assunto. Já era tarde, e como boa trabalhadora, tinha que acordar cedo no outro dia.

Mas a idéia ficou. E pensando o sobre o assunto, vem uma única palavra na minha cabeça: perfeição!

Se analisarmos bem a pergunta, a idéia de equílibrio está subtendida. E equilíbrio é um estado bem difícil de ser alcançado, e no meu ponto de vista seria o mais próximo que poderíamos chegar da perfeição.

Confesso que tenho uma certa dificuldade em encontrar equilíbrio. A minha balança sempre está pendendo pra um lado. Apenas em breves momentos sinto uma tranquilidade, aquela tal sensação de que tudo está perfeito.

Mas, e se esses breves momentos se tornassem momentos eternos????? Será que a vida teria graça? Será que valorizaríamos o que temos e o que somos? Será que arriscaríamos uma nova vida???? Não te parece meio inerte, meio amorfo, sem brilho, sem cor????

Dizem que a beleza está na imperfeição. Então, se equilíbrio é ser/estar perfeito, prefiro ser desequilibrada!!!!!!

Le Scaphandre et le Papillon

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Ou melhor, "O Escafandro e a Borboleta" é um daqueles filmes que nos deixam paralisados.

Literalmente!

O protagonista, um homem belo (para os padrões franceses, é claro!), bem sucedido, sofre um AVC durante um passeio de carro com seu filho. Após algum tempo em coma, retoma a consciência completamente paralisado, a não ser por um dos olhos, com o qual se comunica.

O filme é forte, dramático e extremamente intrigante. Baseado em um livro, podemos presenciar o esforço sobre humano de alguém preso dentro do seu próprio corpo. Sim, isso porque, apesar de suas limitações físicas, Jean-Dominique Bauby mantém suas habilidades mentais intactas. Daí a confecção do livro que deu origem ao filme.

Não quero tirar nehuma conclusão. Até porque, a idéia do filme era me livrar um pouco da inércia que tem sido a minha vida. Mas não posso negar, que ao ver o protagonista tentar se comunicar com o mundo me trouxe algumas reflexões.

Uma delas é a inexorável fugacidade da vida. Um momento estamos bem, saudáveis, felizes, mas no outro podemos estar presos a uma cama para sempre. Tudo bem, fatalidades acontecem.

Mas e aqueles que se prendem ao seu mundo????? Não por fatalidades ou qualquer coisa parecida???? Por simples opção!

O que me irrita é observar o quanto o homem, no sentido geral da palavra, valoriza o que não tem. E não serei hipócrita em dizer que talvez eu também não seja assim, mas pelo menos eu tento não sê-lo.

Daí vem todas aquelas indagações e culpas de não ter feito, de não ter sido, de não ter dito.........

Além disso, o filme nos mostra o que é estar perdido dentro do seu próprio mundo, um mundo que ninguém vê, ninguém ouve, ninguém sente. Nesse sentido, a solidão pode ser agonizante.

Como disse, não quero tirar conclusões precipitadas. Quero apenas refletir. No meu mundo...e quem sabe no seu também.

Back to the future

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Brasília foi ótimo!

Suas avenidas largas, a terra vermelha, o clima seco, um tanto modesto para essa época.....os amigos, a família......

No entanto, sabe quando nos deparamos com o sentimento de não pertencer a um lugar?

Pois é. Acho que pela primeira vez percebi isso.

Confesso que foi estranho. Queria estar com todas aquelas pessoas, mas não ali.



Outra coisa que percebi é que quanto mais fugimos dos problemas, mais eles nos perseguem. É ilusão achar que saindo à passeio por 5 dias a paz será decretada. Mentira!!!!! Os problemas, os questionamentos, as angústias nos acompanham lentamente, só esperando o momento de dar o bote.



Além disso, voltar à cidade natal significa colocar na balança todos os últimos acontecimentos. É despir minuciosamente cada decisão tomada. Isso custa tempo, dói e amedronta. Aí vem aquela maldita pergunta martelando na cabeça: O que é que estou fazendo da minha vida???? Estou no caminho certo??? É isso que realmente almejo????



Respire fundo! Alguém me diz.....