Eu e o meu "Garota Brilhante"

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Sou naturalmente notívaga.

Um pouco por vontade e outro tanto pelo ofício.

Nesses momentos faço uma reciclagem mental e me deparo com a surpresa: EU TENHO UM
BLOG! Estava ausente durante todo esse tempo e quase esqueci do meu companheiro.

Um pouco de preguiça (ou um tanto), associado aos meus compromissos formais do dia a dia e mais todas as mudanças que aconteceram esse ano colocaram o meu "Garota Brilhante" no canto da sala.

Por um lado é ruim, confesso. A escrita tem um poder incrível de aliviar as angústias, sofrimentos, além de permitir uma análise crítica dos fatos abordados e escritos, posteriormente é claro.

Mas pensando bem, isso significa que eu não esteja tão angustiada a ponto de escrever sobre isso. Mas de qualquer forma, é sempre bom compartilhar certos acontecimentos com um outro alguém, mesmo que sejam estranhos internautas.

Bom ou ruim, o fato é que ele existe. E como todas as outras coisas na vida, merece a devida atenção. Nunca compartilhei da idéia de jogar a sujeira para debaixo do tapete, mas sim encará-la.

Então, aqui vamos nós!

As Estações

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Minha vida anda assim: nem verão, nem inverno. Uma estranha mistura que nunca sei o resultado final. Às vezes acordo meio verão, cheia de esperança, energia, atitude. Outros dias o inverno me assola como um cubo de gelo, similar na sua integridade, suposta inércia e quietude. Mas vejam, um cubo de gelo é sensível, basta uns segundos no ambiente para reativá-lo à água. Tenho muitas coisas na minha mente, talvez seja por isso a minha aparente inconstância. Mas não insconstância do querer, mas de fazer o que quero. Já falei que quero muitas coisas. De preferência todas ao mesmo tempo, numa enxurrada de prazer. O meu imediatismo me corrompe e me sinto perdida dentro dos meus anseios. Qual deles devo privilegiar, qual deles deve ter a sorte de ser considerado prioridade? Ainda estou em processo de avaliação, mas no fundo sei o grande vencedor! Que venha a primavera!!!!!

Confusão

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Dizem que melhor que não ter opções é ter várias. Mas nem sempre isso é verdade. Quando nos deparamos com infinitas possiblidades é difícil encontrarmos aquela que realmente se encaixe no nosso querer. Invariavelmente buscamos extrair um pouquinho de cada opção para compor a opção perfeita. Entretanto, quando dispomos de apenas um caminho, por mais duro que ele seja, mergulhamos convictos de que em algum momento ele se mostrará o certo. Eu espero estar no caminho certo. Eu não deveria estar aqui, mas quero estar. E quanto mais difícil fica, mais desafiador parece. E isso me instiga. Não quero ter várias possibilidades, mas quero aquela que me deixe sem fôlego.......de preferência várias de cada vez.

Querer nem sempre é poder!

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Minha ausência no blog já estava me incomodando.
Mas como diz o título: Querer nem sempre é poder!
Quero muitas coisas nessa vida. Isso é fato.
Entretanto nas últimas semanas me deparei com uma imensa frustração, advinda de um acontecimento não esperado.

Como de costume, viajei à Brasília há alguns dias atrás. Rever a família, amigos, a terra vermelha, o ar seco...... tudo trival e conhecido, a não ser por um detalhe: o Pedro!

Tudo tinha sido programado para que eu passasse a maior parte do tempo com ele. Imaginei o banho, a troca da fralda, o colinho, sem dizer no rostinho dele, o qual eu só havia visto nas fotos.

Cheguei em Brasília numa noite quente, um pouco estranho para a época do ano. Mas enfim, o que não é estranho nos dias de hoje?

Logo me dirigi ao encontro dele, no seu refúgio. Não pude ficar muito tempo, estava tarde e ele com soninho. Pensando rapidamente, concluí que não havia motivo para tanta pressa, afinal eu tinha 5 longos dias para paparicar o meu sobrinho.

Mas eis que surge ele, implacável, silencioso e quase mortal: o VÍRUS!
Digo quase mortal porque me deixou 3 dias de cama. Febre, dor no corpo, inapetência, enjôo e tudo mais que uma infecção viral pode proporcionar a um ser vivo. Pra piorar a situação, ainda pairava no ar a grande dúvida: é gripe suína, bovina, equina???? Isso me fez sair de casa 3 vezes!!!! Para ir ao médico é claro!

Conclusão: nada de Pedro, nada de diversão, nada de amigos. Apenas eu, meu pijama, tylenol e a TV. Mas detalhe queridos leitores, não era gripe "A"!!!!

Analisando bem os fatos, agora posso concluir com convicção que nem sempre temos o que queremos, mas temos aquilo que precisamos.

E eu realmente precisava desaceler. Não era o que eu queria, mas o corpo e a mente pediam.
Naquele momento senti raiva, tristeza, fiquei chorosa, mas hoje sei que o pequeno momento tia-sobrinho foi apenas o primeiro de muitos.

É dificil aceitar de que precisamos de algumas coisas, mesmo não as querendo. Mas vejo isso como um aprendizado. Um pouco doloroso.......mas enfim, há males que vem pra bem!!!!
tarde

Tia

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Pedro é o nome.

Não conheço o Pedro. Ainda........

A distância de 2000km me privaram de ouvir seu primeiro chorinho.

Me lembro bem da sensação naquele dia. Uma alegria no coração, uma emoção até então não experimentada, o amor na sua faceta mais pura.

Como explicar sentimentos que vêm lá do fundo???? É possível amar alguém sem mesmo tê-la conhecido?

Agora eu sei que sim!

Pessoas e pessoas

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Existem varios tipos de pessoas nesse mundo. Aquelas que nos fazem odiá-las e aquelas que nos fazem amá-las. Mas tambem existem aquelas que, no primeiro momento passam desapercebidas, mas depois causam tamanho espanto - no bom sentido é claro........
Falo isso porque a vida está cheia de possibilidades. Pessoas legais existem em todos os lugares, basta reconhecê-las.

Por isso, sempre presei pelo conhecimento. No AMPLO sentido da palavra.

Conhecer é viver e na maioria as vezes é se deparar com o nosso insucesso em classificar as pessoas.

Ah......vai dizer que tu nunca classificou alguem?

Aquele é chato, esse é ranzinza, essa é cheia e blá blá blá.

Que bom que o tempo está aí pra nos mostrar o contrário.

Basta estarmos abertos........braços abertos, peito aberto, cara limpa.........

Me dá a mão
Me leva embora
Passou da hora, já bebi demais
Ninguém mais me considera
só velhos, bêbados e animais.

Madness

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Costumo confiar bastante nas pessoas. Não considero isso ruim, apesar de na maioria das vezes acabar me decepcionando.

Escrevendo isso, me recordo de vários momentos em que me senti injustiçada, enganada, e de certa forma traída. O último deles não tem uma semana e ainda me incomoda ao lembrá-lo. Não convém transcrever o acontecido. O fato em si não importa. O que importa mesmo é a repercussão que ele teve em mim e as lembranças que foram resgatadas.

Não há tristeza maior do que a decepção. Normalmente ela vem das inúmeras projeções que fazemos em relação ao outro, seja ele íntimo ou não. Seja nos relacionamentos amorosos ou profissionais. Esperar que as pessoas ajam conforme o que acreditamos ou esperamos é a maior burrada que pode existir.

Cada ser humano é único, operando de formas distintas. Considerando isso, é humanamente impossível saber exatamente como as pessoas se comportarão diante de uma dada questão. Existe aqueles que literalmente aniquilam sua própria imagem agindo de forma completamente insana, desejando a todo custo impor suas vontades, mesmo que isso signifique prejudicar o próximo.

Mas aí vem a pergunta: onde estavam os sinais????? Onde eu me perdi?????

Fazer o bem definitivamente não significa receber o bem!!!!!