Efêmero

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"Porque entre o sim e o não é só um sopro, entre o bom e o mal apenas um pensamento, entre a vida e a morte um leve sacudir de panos - e a poeira do tempo, com todo o tempo que eu perdi, tudo recobre, tudo apaga, tudo torna tão simples e tão indiferente."

Lya Luft em "O Silêncio dos Amantes".

Retomando o meu hábito de leitura, me deparei com este trecho. Passei horas pensando no significado dessas frases, apesar de parecer óbvio.


Nada que o tempo não cure!



Essa é a maior verdade, a verdade universal.



É incrivel como o indíviduo, eu, você, somos tomados pela força do momento. Principalmente em relação ao sofrimento. A dor parece ser tão grande, tão avalassadora, que corta o peito com a sutileza de uma faca bem afiada. Mas no fim, o que resta são as cicatrizes. Umas incomodam, por muito tempo, pra não dizer a vida toda. Outras, se retraem tanto que ficam quase imperceptíveis, a não ser quando alguém as aponta.

De qualquer maneira, no fim tudo se torna simples e indiferente.

Então porque não tentar, não arriscar, não mergulhar de cabeça???

Porque não se divertir e parar de perder tempo???

A vida é êfemera meu caro.

O beijo de hoje pode se tornar o féu de amanhã

1 comentários:

Amanda disse...

Adorei a forma da citação, me fez parar um tempo pensando sobre ela, na verdade ainda estou a pensar.

Mas não acho que é o tempo necessariamente que torna tudo indiferente. Acho que são novas experiências e mais densas que tornam as anteriores grãos de poeiras.

Porque outras nunca nos deixam, justamente pq não foram sobrepostas.

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